As cantigas conhecidas no Brasil são de origem europeia, principalmente de
Portugal e Espanha, mas também tem influências francesas e indianas.
Não existe uma data ou tempo exatos de quando surgiram. Segundo Câmara
Cascudo, as rodas, muitas vezes não apresentam caráter brasileiro, uma vez que
as de procedência francesas e portuguesas nos serviram bem. Nas cantigas
regionais, entretanto, é possível perceber também elementos folclóricos de origem
indígena e africana.
Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo a letra.
Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e
trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira.
Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam
a realidade humana com a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção
da criança fique presa à história contada pela música, o que estimula sua
imaginação e memória.
Há ainda as que retratam alguma história engraçada, divertida para as crianças. Contudo, não podemos deixar de destacar as cantigas que falam de violência ou de medo. Apesar de esse ser um tema da realidade da criança, em algumas cantigas ele parece ser um estímulo à violência ou ao medo. Atualmente algumas canções vêm sendo alteradas por pessoas mais preocupadas com a influência das músicas na mente infantil.
Elas são uma manifestação do brincar infantil onde tipicamente as crianças
formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias simples e folclóricas, de
ritmo limpo e rápido.
Em sua maioria foram aprendidas com os pais, avós ou colegas de brincadeira.
Acredita-se que tais melodias podem ter origem em músicas modificadas de um
autor popular, muitas vezes surgindo através de autoria coletiva, iniciando
anonimamente entre a população.
As “cantigas de roda” estão incluídas entre as tradições orais em inúmeras
culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro, incorporando elementos das
culturas africana, europeia e Índia.
Hoje já não mantém as características de sua origem.
Entre as cantigas de roda mais conhecidas estão: Roda pião, O cravo e a rosa e Atirei o pau no gato, Ciranda, cirandinha, etc.
As “Cirandinhas”, são um grupo de canções que surgiram à partir das adaptações
das canções adultas, e passaram pela adaptação para o universo infantil, seja
pela própria interação com a criança, seja pela dos pais e avós que às usam no
ninar de pequenos e às infantilizam para tanto. É comum que estas canções se
unam e se fundam umas às outras, sofrendo alterações de acordo com a região e
características culturais locais.
As “cantigas de ninar” também são uma manifestação derivada das cantigas de
roda e tem a utilidade de acalentar as crianças na hora de dormir.
As “Rodas Cantadas” são uma brincadeira que envolve a música, o corpo, o
ritmo, e por vezes um desafio, um tema que envolve e diverte. É uma
manifestação da recreação, atividade lúdica, que produz prazer e alegria.
Também é amplamente utilizada em ambiente educacional para estimular,
sensibilizar, integrar, alegrar, ensinar.
Em questões históricas, as rodas cantadas são manifestações contemporâneas,
são sempre atualizadas para que possam acompanhar a linguagem e os
interesses da atualidade.
Antigamente, eram muito comuns no cotidiano infantil da criança. Hoje,
no entanto, é uma manifestação que está sendo esquecida, pois as crianças estão
mais interessadas em outros tipos de música e brincadeiras.
As cantigas de rodas, tanto brasileiras quanto estrangeiras, são basicamente
folclóricas. Possuem letras, melodias e ritmos simples e lúdicos, envolvendo
brincadeiras, danças e trava-línguas.
Alguns acreditam que são originárias de modificações feitas em músicas de
autores populares ou criadas anonimamente pelo povo. Por serem repassadas
de geração em geração, através do que se chama transmissão oral, é comum
existirem diferenças regionais nas letras de algumas delas.