sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O Brincar


                                                    "Não paramos de brincar porque envelhecemos, envelhecemos porque paramos de brincar." 

 O brincar compreende uma variedade de movimentos, condutas, consentimentos dos parceiros e fantasias que envolvem a criança no seu mundo de "faz-de-conta", ao mesmo tempo tão real. De fato, crianças residentes em favela brincam mais de polícia e ladrão se comparadas a crianças moradoras em fazendas, pois as violências oficial e marginal se fazem sentir mais no cotidiano das primeiras. Brincando, a criança busca compreender e dominar os fatos fora de seu alcance.
    Porém, não se pode esquecer que a brincadeira também permite transcender a realidade imediata, haja vista a presença, mesmo que minoritária, de outras realidades sociais que estabelecem intercâmbio com aquela na qual a criança vive.  Embora a criança geralmente não possa agir diretamente sobre parte da realidade, a atividade lúdica se torna "uma das formas pelas quais a criança se apropria do mundo, e pela qual o mundo humano penetra em seu processo de constituição enquanto sujeito histórico" (ROCHA, 2000). É geralmente por meio de jogos e brincadeiras que crianças compartilham suas memórias, constituindo não somente um tipo de educação informal como, também, uma espécie de produção cultural comum. “As crianças constroem os seus mundos sociais, isto é, constroem o ambiente que as rodeia e a sociedade mais vasta em que vivem”.  Neste sentido, é possível presumir que uma mudança na forma de compreender a criança impulsiona mudanças educacionais no trato pedagógico com os conteúdos infantis. O desafio dado à educação formal, nas escolas, é como tratar metodologicamente dessa manifestação, considerando suas possibilidades e suas contradições. Para tanto, é importante atentar para as feições assumidas pelas brincadeiras cantadas na transmissão de saberes, em particular da cultura corporal, no âmbito informal (rua, casa), e formal (escola).

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DANÇAS CIRCULARES

                                       
As Danças Circulares sempre estiveram presentes na história da humanidade - nascimento, casamento, plantio, colheita, chegada das chuvas, primavera, morte - e refletiam a necessidade de comunhão, celebração e união entre as pessoas.
Foi Bernhard Wosien (1908-1986), bailarino clássico, coreógrafo, pedagogo e pintor, que nas décadas de 50/60 percorreu o mundo recolhendo e resgatando as danças de diferentes povos. Em 1976 visitou a Comunidade de Findhorn no norte da Escócia e, a pedido de Peter Caddy, um de seus fundadores, ensinou pela primeira vez uma coletânea de danças folclóricas para os residentes. Bernhard Wosien já estava com mais de 60 anos e buscava uma prática corporal mais orgânica para expressar seus sentimentos. Ele percebeu que havia encontrado o que procurava, pois dançando em Roda, vivenciou a alegria, a amizade e o amor, tanto para consigo mesmo como para com os outros, e sentiu que as Danças Circulares possibilitavam uma comunhão sem palavras e mais amorosa entre as pessoas.
De 1976 em diante centenas de Danças foram incorporadas ao repertório inicial e o movimento passou a se chamar "Danças Circulares Sagradas". E desde então este movimento se espalhou pelo mundo.
                                            
A Dança Circular se chama e se torna Sagrada pelo fato de permitir que os participantes entrem em contato com sua essência, com seu EU Superior, com a Centelha Divina que existe dentro de cada um de nós. No momento deste contato, temos a união do corpo(matéria) com o espírito. No Brasil, as Danças chegaram através de Carlos Solano que foi hóspede na Fundação Findhorn por um longo tempo nos anos 80. Ele fez o Treinamento em Danças Sagradas com Anna Barton e recebeu o certificado como sendo o primeiro instrutor de Danças Sagradas no Brasil. Em 1983 Sarah Marriot, que viveu em Findhorn, foi convidada a vir para o Brasil para iniciar um trabalho de educação holística no Centro de Vivências Nazaré (hoje Nazaré Uniluz), comunidade fundada em 1981 por um grupo de pessoas lideradas por Trigueirinho em Nazaré Paulista no Estado de São Paulo. Para auxiliar este trabalho em Nazaré, ela trouxe uma ou duas fitas cassete com as danças de Findhorn.
Algum tempo depois de haver retornado da Escócia e já estar trabalhando com as danças, Solano foi procurado por David e Jane de Nazaré que queriam vivenciar as danças na prática, pois só as conheciam através de apostilas. Em 1990, Christina Dora(Sabira) vai a Suiça e conhece Maria Gabriele Wosien, e traz as danças para Nova Friburgo no RJ. Nesta ocasião Patrícia Azarian conhece as Danças Circulares e se inicia um trabalho de expansão no Rio de Janeiro.
A partir daí, pessoas de Findhorn vieram ao Brasil e brasileiros foram até lá e o movimento começou a expandir.
Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode dançar em uma Roda.  Não é preciso ter experiência anterior em dança, basta ter vontade, querer entrar em contato com a alegria e com a possibilidade da comunhão entre os seres humanos.
Dançando, nosso corpo se expressa através do movimento e aquieta a mente. A alegria brota naturalmente e o movimento simples e repetido aproxima as pessoas, promovendo uma integração física, mental, emocional e espiritual. As Danças Circulares promovem uma rápida integração de grupos, reflexões sobre o trabalho em equipe, compreensão sobre conflitos, o despertar da criatividade, a integração dos hemisférios cerebrais, a ativação corporal, meditação dinâmica, conexão com seu Eu superior.
Dançamos, geralmente, de mãos dadas. Dar as mãos em círculo é muito mais que um simples toque, é criar um fluxo de energia que vai sustentar o campo que se forma com a presença das pessoas e com todos os elementos da natureza presentes no ambiente.
Danças dos Povos do mundo inteiro, muitas com origem no folclore de cada país, outras tradicionais de comemorações, colheitas etc...
Danças Meditativas - Através do movimento repetido, podemos entrar em estado de meditação.
Danças da Natureza e de Plantas Curativas - Com a evolução do movimento das Danças Circulares, foram surgindo coreografias que reverenciam a natureza e outras que vibram a energia das plantas curativas. Podemos citar Anastasia Geng(1922-2002) da Letônia, que intuiu uma música e uma coreografia para cada um dos 38 florais de Bach, com base no folclore daquela região.
Danças Contemporâneas - São danças coreografadas por dançarinos da atualidade, algumas para músicas tradicionais, outras para músicas contemporâneas, com base nos passos e nos movimentos de cada tradição.
                                                           

INFLUÊNCIAS ESTRANGEIRAS NO FOLCLORE BRASILEIRO

                                                   
Além das três raças formadoras de nossa nacionalidade, o folclore brasileiro sofreu a influência de diversos povos que surgiram em nosso território nos períodos colonial, imperial e republicano.
-Franceses: nas Cantigas de Roda percebemos elementos franceses nas letras do cancioneiro infantil.
-Judeus: a história do Brasil está repleta da presença de judeus. O primeiro poeta brasileiro foi um judeu. As maiores influências judaicas que tivemos são: o conformismo com o destino, o saudosismo messiânico e o "pão-durismo" do mineiro.
-Espanhóis: podemos observar na indumentária e nas danças gaúchas a lembrança do flamenco espanhol. Houve ainda grande imigração até os nossos dias. a cavalhada, folguedo, esporte e auto popular são evidentemente conteúdo ibérico.
-Ingleses e Holandeses: os ingleses trouxeram o futebol, esporte preferido pela população brasileira. Os holandeses deixaram sua influência na literatura de cordel, nas blasfêmias no folclore do açucar.
-Alemães: contribuíram folcloricamente com a árvore de Natal, as bandas de música, as festas da cerveja, superstições, crendices, tabus, danças, etc.
-Italianos: de influência italiana notamos: as festas de igreja, comilança de Natal, presépios, figas, capelinhas e cruzeiros à beira da estrada, procissões, danças, etc.
-Sírios e Japoneses: comidas, as mais importantes os pães sírios, e as artes marciais japonesas.
-Norte-americanos: os sanduiches, a coca-cola, o jeans, hoje em dia muito difundida no Brasil a comemoração de todos os santos, o "halloween", festa folclórica americana, de influência Celta.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MANIFESTO PELA INFÂNCIA

                                                        
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a volta e meia, meia volta vamos dar... Quem consegue esquecer esses versos tão singelos e vívidos que animaram a infância de gerações de brasileiros de norte a sul do país? E se cantássemos O cravo brigou com a rosa? Que tal Escravos de Jó ou ainda Fui à Espanha? São apenas alguns exemplos de músicas que foram celebrizadas a partir da voz doce e suave de nossas mães ou avós, das professoras da educação infantil ou dos primeiros anos do ensino fundamental e que fazem parte do rico acervo cultural brasileiro.

Cantigas de roda que embalavam brincadeiras e que, ao mesmo tempo, ajudavam a melhorar a comunicação, a entender um pouco do Brasil ou mesmo a escrever e ler com maior precisão e qualidade. E as novas gerações de famílias e professores, estão a par dessas cantigas? Será que as nossas escolas de educação infantil ainda utilizam tais músicas? Quantas dessas canções são ainda cantaroladas para as nossas crianças em sala de aula?

A modernidade tem muitas e muitas vantagens. Os computadores e a Internet permitiram aos educadores ter um acesso muito mais ligeiro e variado a fontes de pesquisa e aperfeiçoamento. Com o uso da Web e de todos os seus recursos podemos elaborar estratégias, incrementar nossas aulas, variar instrumentos e, principalmente, encantar mais nossos alunos. Ao usarmos filmes e músicas gravadas em CDs podemos não apenas interessar mais os estudantes nos tópicos que estamos retratando, há também a possibilidade de desencadear inúmeros projetos que podem nos ajudar a efetivar a educação.

Mas, ao mesmo tempo em que desfrutamos de todos esses importantes recursos não devemos abrir mão de ferramentas e práticas que fizeram tanto sucesso num passado próximo ou longínquo. Pelo contrário, devemos tentar atualizar sua utilização de forma a transformá-los em instrumentos que nos possibilitem mexer com os estudantes, fazê-los colocar a mão na massa e, literalmente, permitir que eles interajam com o mundo real.

Vivemos uma era onde a tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e, constantemente nos surpreendemos ao perceber que isso está afastando as pessoas, fazendo com que elas deixem de estar juntas, de conversar, de socializar experiências e informações. Tenho um grande contingente de alunos e amigos que parecem preferir conversar uns com os outros através de comunicadores instantâneos, e-mails ou mandando mensagens através de sites de relacionamento (como o Facebook ou o Orkut) ao invés de se encontrar com as pessoas para as quais endereçam seus recados, suas palavras e seus sentimentos.

Quando a televisão chegou e se incorporou ao cotidiano das famílias, devido ao seu alto custo que a tornava inacessível para a maior parte das pessoas, ocorreu um interessante fenômeno que reunia membros de uma mesma rua ou bairro na casa daquele que possuísse um aparelho de TV para que todos, reunidos, pudessem desfrutar das benesses dessa máquina. Isso gerava convivência, ocasionava conversas, estimulava intercâmbio de opiniões.


Atualmente as casas possuem vários aparelhos de televisão ou mesmo computadores e os membros de uma mesma família acabam se separando e se mantendo isolados em seus próprios quartos. Com as outras tecnologias que se incorporaram ao cotidiano doméstico, o distanciamento se tornou ainda maior. Momentos de encontro e lazer como os jogos de tabuleiro, as cantigas de roda, as brincadeiras de pega-pega ou esconde-esconde, o jogo de bola na rua, as brincadeiras de bonecas e casinha, a leitura de livros para as crianças ou o contador de “causos” foram desaparecendo gradualmente.

Nossas crianças estão deixando a infância muito cedo. Precocemente trocam as bonecas, bolas e carrinhos pelas preocupações dos adolescentes ou do mundo adulto. Gostaria de lançar uma campanha pela preservação da infância por muito mais tempo do que permitimos que ela exista nos dias de hoje. Chega de adiantar as coisas. É muito bom ser criança para que sacrifiquemos essa etapa tão rapidamente como estamos fazendo atualmente.

E que culpa temos nisso tudo?

Muitas. Somos nós que deixamos nossos filhos se renderem aos encantos da babá eletrônica sem que nos preocupemos em fiscalizar o que está sendo assistido, se é pertinente e adequado a idade das crianças. Enquanto pais temos que ficar de olho e até mesmo restringir as horas de televisão para que as crianças saibam e gostem de brincar. Vejo crianças que têm muitos brinquedos e não sabem pular corda, chutar bola, subir em árvore, brincar de casinha, disputar figurinhas em "bafinhos"...

Também são os pais que permitem às crianças ficar por horas e horas brincando com videogames ou conectados à Internet. Isso significa que eles não devam aprender a usar jogos eletrônicos ou a mexer com os computadores e a Web? Não, em absoluto, o que estou dizendo é que temos que orientar esse uso e, ao mesmo tempo, permitir seu uso por períodos reduzidos para que nossas crianças e adolescentes não se tornem escravos da tecnologia.

Eu e minha esposa demoramos seis anos para permitir que nossos filhos tivessem contato com games e computadores. Alguns de nossos melhores amigos nos criticaram e não entenderam como nós, adeptos da tecnologia estávamos fazendo isso com nossas próprias crianças. Durante esse tempo líamos histórias, brincávamos com eles, andávamos de bicicleta, jogávamos jogos de tabuleiro...

Queríamos apenas que eles fossem crianças. Que não deixassem passar esse maravilhoso momento de suas vidas. Desejávamos que eles olhassem para trás e sentissem que foi uma etapa feliz de suas vidas. Sonhávamos apenas com uma infância saudável e alegre para eles. Quando pensamos no que fizemos então concluímos, sempre, que não mudaríamos uma linha, uma ação...


Por João Luís de Almeida Machado
Membro da Academia Caçapavense de Letras

CIRANDA

                                               
A CIRANDA
     Movimento das Cirandas
"A forma circular sempre foi utilizada pelo homem, desde seus primórdios para caracterizar a vida em grupo, em suas danças circulares para representar ritos de passagem. O círculo é uma forma geométrica especial, por simbolizar a perfeição e plenitude que o ser humano busca atingir. Ao mesmo tempo em que o círculo se fecha, ele contém o vazio, que garante a distancia entre as pessoas, é o vazio; através das quais estas mesmas estão unidas." (citação do Grupo Semeia sobre danças circulares)."
A “Ciranda” é uma dança típica das praias que começou a aparecer no litoral norte de Pernambuco. Surgiu também, simultaneamente, em áreas do interior da Zona da Mata Norte do Estado. É muito comum no Brasil definir ciranda como uma brincadeira de roda infantil, porém na região Nordeste e, principalmente, em Pernambuco ela é conhecida como uma dança de rodas de adultos. Os participantes podem ser de várias faixas etárias, não havendo impedimentos para a participação de crianças também. Caracteriza-se pela formação de uma grande roda, geralmente nas praias ou praças, onde os integrantes dançam ao som de ritmo lento e repetido. Nos primórdios, o ambiente de apresentação restringia-se aos locais populares como as beiras de praia, os terreiros de bodega, pontas de rua, etc. Seus participantes eram basicamente trabalhadores rurais, pescadores, operários de construção, biscateiros, entre outros. Mas a dança da ciranda foi “criada” em 1553 quando os portugueses vieram para o Brasil, mas isso é só uma hipótese.

CANTIGAS DE RODA

As cantigas conhecidas no Brasil são de origem europeia, principalmente de
Portugal e Espanha, mas também tem influências francesas e indianas.
Não existe uma data ou tempo exatos de quando surgiram. Segundo Câmara
Cascudo, as rodas, muitas vezes não apresentam caráter brasileiro, uma vez que
as de procedência francesas e portuguesas nos serviram bem. Nas cantigas
regionais, entretanto, é possível perceber também elementos folclóricos de origem
indígena e africana.
Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo a letra.    
Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e
trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira.
Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam
a realidade humana com a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção
da criança fique presa à história contada pela música, o que estimula sua
imaginação e memória.
            Há ainda as que retratam alguma história engraçada, divertida para as crianças. Contudo, não podemos deixar de destacar as cantigas que falam de violência ou de medo. Apesar de esse ser um tema da realidade da criança, em algumas cantigas ele parece ser um estímulo à violência ou ao medo. Atualmente algumas canções vêm sendo alteradas por pessoas mais preocupadas com a influência das músicas na mente infantil.
Elas são uma manifestação do brincar infantil onde tipicamente as crianças
formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias simples e folclóricas, de
ritmo limpo e rápido.
Em sua maioria foram aprendidas com os pais, avós ou colegas de brincadeira.
Acredita-se que tais melodias podem ter origem em músicas modificadas de um
autor popular, muitas vezes surgindo através de autoria coletiva, iniciando
anonimamente entre a população.

As “cantigas de roda” estão incluídas entre as tradições orais em inúmeras
culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro, incorporando elementos das
culturas africana, europeia e Índia.
Hoje já não mantém as características de sua origem.
Entre as cantigas de roda mais conhecidas estão: Roda pião, O cravo e a rosa e Atirei o pau no gato, Ciranda, cirandinha, etc.
As “Cirandinhas”, são um grupo de canções que surgiram à partir das adaptações
das canções adultas, e passaram pela adaptação para o universo infantil, seja
pela própria interação com a criança, seja pela dos pais e avós que às usam no
ninar de pequenos e às infantilizam para tanto. É comum que estas canções se
unam e se fundam umas às outras, sofrendo alterações de acordo com a região e
características culturais locais.
As “cantigas de ninar” também são uma manifestação derivada das cantigas de
roda e tem a utilidade de acalentar as crianças na hora de dormir.
As “Rodas Cantadas” são uma brincadeira que envolve a música, o corpo, o
ritmo, e por vezes um desafio, um tema que envolve e diverte. É uma
manifestação da recreação, atividade lúdica, que produz prazer e alegria.
Também é amplamente utilizada em ambiente educacional para estimular,
sensibilizar, integrar, alegrar, ensinar.
Em questões históricas, as rodas cantadas são manifestações contemporâneas,
são sempre atualizadas para que possam acompanhar a linguagem e os
interesses da atualidade.
Antigamente, eram muito comuns no cotidiano infantil da criança. Hoje,
no entanto, é uma manifestação que está sendo esquecida, pois as crianças estão
mais interessadas em outros tipos de música e brincadeiras.
As cantigas de rodas, tanto brasileiras quanto estrangeiras, são basicamente
folclóricas. Possuem letras, melodias e ritmos simples e lúdicos, envolvendo
brincadeiras, danças e trava-línguas.
Alguns acreditam que são originárias de modificações feitas em músicas de
autores populares ou criadas anonimamente pelo povo. Por serem repassadas
de geração em geração, através do que se chama transmissão oral, é comum
existirem diferenças regionais nas letras de algumas delas.